sábado, 15 de dezembro de 2007

despojos de ti



"E ali repousavas nua, despojada de tudo e cansada da corrente da vida que te arrastava há já tanto tempo. Trazias um olhar vazio, oco, sedento de qualquer coisa que não fosse o que conheceras.
Carregavas pequenas recordações de uma caminhada que não te levou a lado nenhum. Uma mala velha, rasgada e gasta de a poisares no chão enquanto estendias a mão à caridade dos outros. Eras a solidão e o silêncio, uma folha caída num dia qualquer de Outono" (continua)....